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15 November 2006

Amor vs Paixão, combate de sempre!

As pessoas são capazes de sentir diversos de amor, amor por familiares, por amigos, pelo animal ou planta de estimação, pelo clube do coração, pela vizinha do andar de cima… enfim existem 1000 formas de expressar o amor, porém é sobre o amor entre um casal (namorados, marido-mulher…) que vou vaguear durante as próximas linhas.

Dizem que o amor hoje em dia já não é o amor de antigamente, que já não existe amor verdadeiro e puro, aquele amor que nos fazia correr riscos, cometer loucuras… mas, será isto verdade ou podemos justificar este pensamento argumentando que, o que eu descrevi a cima não é mais do que o amor disfarçado de paixão?

Para começar, eu não acredito muito no amor à primeira vista, acredito sim que o sentimento que pode ser despertado à primeira vista é a paixão, a paixão que nos faz deixar e esquecer tudo para seguir durante dias a pessoa que vimos num café e que trocou um olhar comprometedor… a paixão que nos faz faltar a uma aula para irmos lanchar com a tal pessoa.

Não será o dito “amor” algo mais ponderado, mais adulto mais sério e que é construído apenas em função do tempo que passamos a conhecer o(a) nosso(a) companheiro(a).

Para mim o amor entre o casal é o que o define, se existe ali uma equipa, se existe comunicação, se existe compreensão e até mesmo sacrifício…

Amor e Paixão? Sim porque não? A paixão complementa o amor pois claro, a paixão faz-me sem qualquer motivo, enfeitar a casa com velas e flores e preparar um jantar romântico mesmo ao fim de 30 anos de casamento… e o amor… é o que me faz proteger a minha companheira, é o que me permite fazer sacrifícios em detrimento “dela”...

É isto possível e tão linear? Claro que não, mas quem conseguir ter as duas coisas de certeza que consegue ser feliz!

Da mesma forma que paixão e amor são duas coisas dependentes, também podem ser totalmente distintas e independentes!

Li recentemente uma dissertação do Miguel Esteves Cardoso onde ele falava precisamente sobre este assunto “o amor já não é o que era”, no texto ele não faz uma única referência à paixão e a certa altura define o “verdadeiro amor” com o que para mim define antes a paixão. Não posso concordar de todo!

O que me parece que hoje em dia acontece mais do que no passado é a confusão que as pessoas fazem entre o que é amor e o que é paixão, existe uma tendência para baralhar estes dois sentimentos e isso na maior parte dos casos resulta numa relação completamente falhada!

A paixão vem antes do amor, surge do nada, faz-nos querer aproximar dessa pessoa e conhece-la melhor, conviver mais com ela e potencialmente começar a ama-la.

O amor hoje em dia é o que sempre foi mas em menor quantidade, isto é, sentido cada vez mais por menos pessoas. As pessoas limitam-se a viver.

Sempre houve relações baseadas na conveniência, sempre houve falsidade… hoje isso é cada vez mais visível e não podemos confundir isso com o “já não existe amor verdadeiro”.

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