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11 December 2006

Romantismo, com ou sem sofrimento?

Houve-se muito falar de romantismo, de homens românticos e acções românticas... mas, o que é o romantismo de facto?

O que vou escrever de seguida está distante de ser uma análise histórica sobre as raízes do período romântico e do que foi o romantismo, embora possa fazer referências a ele, o que vou falar de seguida é sobre o romantismo visto pelos olhos de alguém se diz ser um deles!


Estava eu num dos bar do ISCTE a falar com malta de Sociologia quando surgiu o tema dos "namoros"... e, às tantas alguém diz, "ah esse gajo ai gosta de sofrer…" e eu perguntei logo ao tal "gajo", "ah tu és dos românticos!?" ao qual ele me respondeu com um sorriso que mais parecia um sim.

Ora... depois disto pus-me a pensar, será que o sofrimento faz parte de todas as pessoas românticas? Ou será que se pode ser romântico sem sofrer?


Para começar, não é preciso ser-se romântico para se sofrer de amor, para tal basta gostar verdadeiramente para que o mínimo sinal não correspondido dê início ao "sofrimento".


Pessoalmente, e aqui entra o toque pessoal da coisa... considero-me uma pessoa romântica e sofredora q.b.


Romântico porque sou incapaz de viver sem paixão ou amor e necessito constantemente de alguém que me desperte este sentimento... sofredora porque de entre todas as raparigas que gostei acabemos sempre por nos termos de me afastar (por força dos estudos, etc.) e eu acabava sempre por ficar uns tempos com aquele sentimento de perda e tristeza.

Força do destino ou não, acabei por encontrar alguém que gostou de mim sem eu gostar dela mas que com o tempo a coisa lá se deu!


Agora vejamos, para mim o sofrimento é algo que vem arrastado pelo amor, todos sem excepção chegamos a um ponto que sofremos pela perda de alguém que amamos! É um facto!


Nós românticos sofremos bastante mais que os restantes pois conseguimos ter a capacidade de gostar ao mesmo tempo de mais do que uma pessoa e temos altas probabilidades de não ser correspondidos. Apesar disto, nunca desistimos e estamos sempre a meter-nos noutra e noutra e noutra e nunca somos capazes de aprender a criar um coração frio, livre de sentimentos espontâneos como a paixão que leva ao amor, que inevitavelmente nos leva ao sofrimento.


Tomando-me mais uma vez como exemplo, é verdade que somos capazes de gostar de mais do que uma pessoa ao mesmo tempo, mas isso só se dá durante o período de "pesquisa", isto é, durante o período em que o coração está mais derretido do que mel ou manteiga... porque ao encontrar-mos a "pessoa certa" ai conseguimos dar-lhe tudo o que temos e curiosamente conseguimos fechar o coração abrindo apenas uma pequena entrada preenchida pelo nosso "par".


Tanto conseguimos abrir o nosso coração como de repente conseguimos fecha-lo.


Romantismo é assim mesmo, sentir paixão e amor mesmo sabendo que a perda é inevitável e ainda assim não desistir...

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