"Todos os anos, mais de 21 milhões de pessoas recebem anestesia geral.
A maior parte delas, adormece pacificamente.
Não se lembra de nada.
30000 desses pacientes não têm tanta sorte.
São incapazes de adormecer.
Presos num fenómeno conhecido como "Anestesia Consciente".
Estas vítimas estão completamente paralisadas.
Não conseguem gritar por ajuda.
Estão acordadas."

É assim que começa "Awake", um filme quase quase genial que explora o fenómeno a cima descrito razoavelmente.

A história é sobre um jovem com um bom trabalho, e uma namorada que o adora mas como nem tudo podem ser rosas, está na lista de espera para um transplante de coração.

É então, quando recebe a mensagem de que existe uma vaga para o transplante, que tudo começa e é quando Clay Beresford está a ser anestesiado que os problemas surgem, é que como foi dito em cima, Clay não está totalmente adormecido, ele continua consciente de tudo o que se passa à volta e a sentir tudo, isto claro sem se poder mexer um milímetro.

Inicialmente ficamos pregados à cadeira, quase a sentir o mesmo que Clay sente mas aos poucos vamos perdendo essa sensação que vai sendo substituida por uma outra, uma sensação de "óh diabo, há aqui alguma coisa de errado e quem se vai lixar é o gajo, está-se mesmo a ver".

Portanto, o filme até perto do fim consegue manter uma coerência extraordinária que não é muito comum nos dias de hoje no cinema mas nos últimos minutos... diga-se, perdi toda a vontade de acabar de ver o filme, claro que não vou aqui descrever porquê mas posso adiantar que transformaram um drama interessante em algo lamechas e que já estamos habituados há muito a ver no grande ecrã.

Não é muito comum ver a bela Jessica Alba neste tipo de papeis, embora não se possa dizer que é um papel igual do início ao fim mas, não é muito comum.

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